Poema de agora: Remendando Emendas – Luiz Jorge Ferreira.

Remendando Emendas

Futebol…não jogo mais? Não…Envelheci…durante a Pandemia
Agora só ando.
Tou pretendendo ir a Marte.
Caminhando pela grande muralha da China.
Abandonando a Terra.
Flutuo.
Bebendo Vermuth.
E comendo Vatapá
De reserva levo um jegue…
E uma Goiabada Cascão

Levo um coração de reserva e uma Canção criada na flauta toda suja de pernoites junto a luas pálidas, sob nuvens de papel crepom, e uma penca de saudades bordadas de lagrimas, umas com causa formada, e outras nem formadas estão …
Vou desenhar o mundo dentro de uma sacola transparente, vá que repente eu não sei chegar…
Mas voltar eu sei , volto a favor do vento que desenhei deslizando água a dentro no Pacoval, ou sobre o lago dos indios, os dois não existem mais, mas estão comigo em lembranças prêt-à-porter, e retumbantes me convidam para molhar o rosto…
Passo a mão…percorro a face toda e noto que estou desfeito, nem reconheço esse peito torto, onde torto também, se agasalha um coração, triste por ser um farrapo espalhado, muito depois dos anos que os imaginei desenhados sobre o teu olhar de paixão.
Depois das horas que antecedem o dia.


O vento como em um uivo estranho desmancha meu cabelo em que o branco vestido de branco, tomou assento…
E pergunta se espremendo em meu passado.
Oi…oi…oi
Que pressa amigo…
Deus não sumiu lá adiante repousa…e nos aguarda…
E me responda…
– Marte está frio?

Luiz Jorge Ferreira.

  • Que coisa mais linda e, acredite, tem q ter um coração diferenciado p escrever assim. Parabéns ❤

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